Terroristas matam 38 cristãos na Nigéria
Por Débora Barros em 30.12.22
Segundo Luka Biniyat, porta-voz da União Popular do Sul de Kaduna os ataques aconteceram de domingo a terça-feira (18 a 20 de dezembro), ataques Fulani e de outros terroristas deixaram 38 mortos nas comunidades predominantemente cristãs de Malagum e Abun (Broni Prono), no condado de Kaura na Nigéria.
“Os assassinatos, que duraram muito, começaram por volta das 23 horas da noite de domingo. Não apenas esses pobres cidadãos inocentes foram mortos, mas nada menos que 100 casas foram destruídas, com algumas vítimas queimadas vivas”.
Luka Biniyat – porta-voz da União Popular do Sul de Kaduna
Alguns dias antes, os aldeões notaram pastores de fora chegando de diferentes direções em motocicletas para acampar no deserto próximo e, aparentemente, as forças de segurança posicionadas lá não fizeram nada sob essa ameaça potencial gritante à segurança, contou Biniyat.
Na terça e quarta-feira (20 a 21 de dezembro), no condado de Zangon Kataf, no sul do estado de Kaduna, pastores armados invadiram casas na vila predominantemente cristã de Kamuru, Ikulu Ward, e mataram quatro pessoas. As chacinas seguem ataques que deslocaram milhares de pessoas de suas casas desde 2019
Segundo líderes cristãos na Nigéria, os ataques de pastores às comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria são inspirados por seu desejo de tomar à força as terras dos cristãos e impor o Islã, já que a desertificação tornou difícil para eles sustentar seus rebanhos.
Na lista de observação mundial de 2022 dos países onde é mais difícil ser cristão, a Nigéria saltou para o sétimo lugar, sua classificação mais alta de todos os tempos, do 9º lugar no ano anterior.