Refugiada Norte-Coreana Encontra Fé e Esperança Após Fugir de Perseguição

Por em 04.06.24

Son é uma das milhares de pessoas que fugiram da Coreia do Norte nos últimos 20 anos. Como ex-oficial das forças armadas norte-coreanas, ela enfrentou grandes desafios antes de encontrar Jesus.

Durante a grande fome de 1998, Son serviu no exército como zeladora de suprimentos e, posteriormente, como locutora do “Juche”, o meio de propaganda do país. “Meu pai, que era governador da província, subornou um oficial militar com um porco para que eu pudesse entrar no exército e obter suprimentos, evitando assim a fome que assolava o país. Mas quando meu pai perdeu as eleições e ficou doente, ele acabou morrendo. Meu irmão também foi preso e morreu de fome na prisão“.

Para sobreviver, Son e sua mãe fugiram para a China: “Nadamos pelo rio Tuman durante dois dias. Na China, encontramos uma igreja cristã que nos ajudou“. Contudo, meses depois, a polícia chinesa as perseguiu. Durante uma tentativa de fuga, Son foi separada de sua mãe. “Eu já era cristã, mas não profundamente. Sabia que foi Deus quem me protegeu e me instruiu a me esconder. Minha mãe foi levada de volta para a Coreia do Norte e morreu na prisão porque não negou sua fé cristã“, recordou.

Após esse incidente, Son retornou à China e se casou com um cristão. Meses depois, ela foi capturada, mas seu marido conseguiu lhe dar dinheiro para fugir. “Antes de ser transferida para a Coreia do Norte, engoli todo o dinheiro para que os soldados não o encontrassem“. Son passou 400 dias numa prisão norte-coreana em condições desumanas, onde mais uma vez testemunhou a ajuda divina. “Um guarda que era meu amigo me deu arroz. Tive que comer insetos para sobreviver. Depois de 400 dias, fui libertada e estava desnutrida. Foi quando meu marido usou sua cidadania chinesa para me levar para a Coreia do Sul“.

Na Coreia do Sul, Son se juntou à Igreja Seopyoung, onde cresceu na sua fé cristã e reconheceu como Deus a salvou em diversas ocasiões. Segundo a CBN News, a Igreja Seopyoung, cujo nome simboliza a esperança de união entre Seul e Pyongyang, acolhe principalmente norte-coreanos refugiados na Coreia do Sul.

Son, agora dedicada a servir a Jesus, espera contribuir para essa causa: “Quero agradecer à minha mãe e ser como ela. Ela deu a vida pela sua fé cristã. Também estou dedicando minha vida para servir a Jesus Cristo, espalhar o Evangelho e adorá-lo até morrer“.


Atos FM – SD

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