Violência no Equador: Igreja apela por orações em meio a conflitos

Por em 11.01.24

A Igreja Zion de Quito, Equador, fez um apelo por orações em meio à crescente onda de violência no país. Em sua conta no Instagram, a igreja compartilhou uma foto com a declaração: “Declaramos a paz e a justiça de Deus sendo estabelecidas em nossa nação!”. A instituição cita o apóstolo Paulo, destacando que a batalha espiritual não é contra carne e sangue, mas contra principados, potestades e governantes das trevas.

A motivação para a manifestação é a violência que assola o Equador, com a atuação de gangues e facções criminosas vinculadas ao narcotráfico. O caos teve início após a fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, líder da principal facção criminosa do país, os Choneros.

Em dois dias, a violência resultou em 70 detidos e mais de 13 mortos, incluindo civis e policiais, levando o presidente Daniel Noboa a decretar estado de exceção. Essa medida confere poderes extraordinários às autoridades para lidar com a ameaça à ordem pública e à segurança nacional.

O governo equatoriano reconheceu oficialmente a existência de um “conflito armado interno“, identificando 22 organizações criminosas como terroristas. O presidente ordenou que as Forças Armadas realizem operações para “neutralizar” esses grupos. Dentre as facções, os Choneros destacam-se, sendo a fuga de Fito o gatilho para uma violenta crise, incluindo explosões de carros-bomba e sequestro de policiais.

O estado de exceção impôs um toque de recolher das 23h às 5h e busca reprimir os conflitos causados por criminosos armados. A situação se agravou com a invasão armada da sede da emissora TC em Guayaquil, resultando em profissionais rendidos durante uma transmissão ao vivo. Paralelamente, a Universidade de Guayaquil foi invadida, levando ao cancelamento de aulas e atividades escolares em todo o país.

A crise equatoriana teve repercussões internacionais, com o Peru decretando estado de emergência na fronteira e o Brasil investigando um suposto sequestro de um cidadão brasileiro em Guayaquil. A China anunciou o fechamento de sua embaixada, e o primeiro-ministro espanhol expressou preocupação, enquanto a Assembleia Nacional equatoriana ofereceu apoio ao Executivo. A escalada da violência reflete o crescimento da criminalidade no país, atribuído ao narcotráfico e ao envolvimento de facções em conflitos internos.


Atos FM – SD

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