Nicarágua intensifica repressão e fecha ONGs religiosas e humanitárias

Por em 04.02.25

O governo da Nicarágua agravou sua censura à sociedade civil e à liberdade religiosa ao extinguir 15 entidades sem fins lucrativos, incluindo organizações vinculadas a grupos religiosos e iniciativas humanitárias. Desde 2018, o governo do presidente Daniel Ortega fechou mais de 5.400 ONGs, violando os direitos dos cidadãos e das organizações internacionais que operam no país. A Save the Children, que desde 1986 atuava na educação, saúde, nutrição e direitos infantis, foi uma das entidades impactadas. Suas atividades foram abruptamente interrompidas.

Esta investida integra uma repressão mais abrangente contra instituições religiosas. A dissolução de diversas fundações religiosas foi justificada pelo governo sob a alegação de “não cumprimento de obrigações legais“, no entanto, os analistas interpretaram a ação como uma tentativa de limitar a influência de grupos contrários ao autoritarismo do regime.

Em 2024, aproximadamente 1.700 entidades foram encerradas, incluindo 678 organizações cristãs. Nos últimos anos, a disputa entre a igreja e o governo se agravou, principalmente após líderes religiosos denunciarem infrações aos direitos humanos e repressão brutal aos manifestantes.

A perseguição a ONGs e entidades religiosas faz parte de uma estratégia maior de sufocamento da divergência no país. Jornalistas e meios de comunicação independentes também sofrem intensa perseguição, o que muitas vezes resulta em fugas ou prisões.

A posição atual da Nicarágua na Lista Mundial de Perseguição 2025 reflete o aumento da repressão do governo. Neste contexto, entidades de suporte procuram reforçar pastores e líderes religiosos na América Latina para enfrentar a hostilidade do governo e manter a igreja viva mesmo em meio à perseguição.


Atos FM – SD

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