Evangélicos denunciam o agravamento da perseguição nas universidades do Brasil
Por Débora Barros em 27.02.23
A perseguição ideológica a estudantes evangélicos nas universidades públicas e privadas está agravando rapidamente. É o que contam alguns dos alunos e líderes de grupos estudantis que atuam nessas instituições.
Apesar do ambiente universitário ter como principal objetivo o ensino, o que implica na necessidade do livre debate e respeito às diferentes visões de mundo, este local tem se transformado, ao longo dos anos, em espaços de militância político-ideológica. Pedro Mantovan, líder da Rede Universitária, uma organização de grupos cristãos que atuam em células, conta que “Alguns pensam que são todos de ‘extrema-direita’, fascistas, homofóbicos, machistas e por aí vai. Mas há um tempo o que estava em pauta era que éramos burros, iletrados, sem recursos, e que nossos pastores eram ladrões”.
De acordo com alguns estudantes que não quiseram se identificar por medo de represálias, a intolerância também parte dos professores. Um deles, por exemplo, contou à Gazeta do Povo que uma docente tentou acabar com uma célula cristã em sua universidade. Ela, segundo o aluno, foi até o diretor do curso e disse que os alunos não deveriam ficar depois da aula tocando violão. Por um mês conseguiram eles foram barrados mas após falarem com o reitor, conseguiram voltar.
Uma outra estudante relatou, que uma colega de classe afirmou taxativamente que “todas as pessoas que defendem o sistema de família judaico-cristã têm que morrer”. Para a surpresa da estudante evangélica, a aluna que disse isto recebeu o apoio de outros colegas e a direção da universidade não tomou qualquer providência com relação a esse discurso de ódio e discriminação. A cristã denunciou o discurso de ódio da aluna e em vez de ser apoiada, a cristã passou a ser perseguida.
“Ninguém me cumprimenta, nem fala comigo mais. Imagina se alguém falar que ‘todo mundo que é nordestino tem que morrer’? A pessoa seria presa, porque é um discurso de ódio. Mas quem fala que ‘toda pessoa que defende o sistema de família judaico-cristã tem que morrer’ é liberdade de expressão”
Felizmente, milhões de alunos evangélicos têm reagido à perseguição nas universidades. São estudantes que integram grupos como a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, a Cru, uma organização que tem 25 mil missionários e 200 mil voluntários em 190 países. O objetivo desses alunos cristãos é mostrar que a fé não é oposta à ciência, muito menos a ciência à fé, e que é perfeitamente coerente seguir a Jesus Cristo e ser um profissional de excelente em qualquer área de atuação.